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A Inerrância da Bíblia

A Inerrância da Bíblia

A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus. Os ímpios e incrédulos têm feito de tudo para encontrarem erros nos textos bíblicos. Pode ser que haja falhas nas traduções, interpretações ou na gramática das cópias manuscritas, pois a Bíblia foi escrita originalmente em linguagem antiga: hebraico, grego e aramaico. Todavia, essas possíveis incorreções, ou dificuldades, jamais podem ser consideradas “erros” quanto à mensagem bíblica. Menos de um por cento dessas inexatidões dos manuscritos, encontram-se na transmissão da mensagem, portanto, não afetam a integridade da Palavra de Deus.

2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21

 

 

I. CONCEITUAÇÃO TEOLÓGICA DE INERRÂNCIA

1. O que é “inerrância bíblica”? Significa que a Bíblia é totalmente isenta de erros; quer no campo lógico ou no histórico. Ela é inerrante nos fatos que apresenta e nas doutrinas que declara. Afirmar que a Bíblia não contém erros é também reconhecer sua inspiração, autoridade e infalibilidade divinas. Jesus afirmou categoricamente: “A Escritura não pode falhar” (Jo 10.35).

2. Inerrância e infalibilidade. O conceito de inerrância da Bíblia está intimamente associado ao de infalibilidade. Pelo fato de não conter erros, ela é infalível. Tudo o que a Bíblia diz cumpre-se cabalmente: “Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1Pe 1.24,25). Essa infalibilidade é consequência de a Palavra de Deus nunca ter sido “produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21).

 

II. RAZÕES PELAS QUAIS A BÍBLIA É INERRANTE

1. Autoria divina. A autoria divina da Bíblia é o fundamento e a garantia de sua inerrância e infalibilidade. Há milhões de livros espalhados pelo mundo (Ec 12.12); e todos foram escritos por autores falhos, propensos a cometerem todo tipo de erro. Porém, o Autor da Bíblia, jamais falta: “Deus não é homem, para que minta […] porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria? ” O Eterno não mente, não falha e não erra (Nm 23.19; Tg 1.17). Quando ele diz, faz; quando ele promete, cumpre.

2. Supervisão e orientação do Espírito Santo (2Tm 3.16; 2Pe 1.19-21). Os livros da Bíblia foram escritos sob a supervisão e orientação do Espírito Santo (Mc 12.36; 1Co 2.13). As Escrituras não são produto da perspicácia e criatividade da mente humana, mas é o resultado da ação sobrenatural de Deus sobre ela: o Espírito inspirou (2Pe 1.19-21), ensinou (1Co 2.13) e revelou seus mistérios (Gl 1.12; Ef 3.2,3).

3. A Bíblia é a exata Palavra de Deus. Do limiar ao fechamento do Cânon Sagrado, os escritores bíblicos reproduziram exatamente o que haviam recebido da parte de Deus: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4.2). A Bíblia é a precisa Palavra do Senhor: ela é correta (Sl 33.4), perfeita (Sl 19.7), pura (Sl 119.140), e eterna (Is 40.8; Lc 21.33).

 

III. O CUMPRIMENTO DA BÍBLIA DEMONSTRA SUA INERRÂNCIA

1. O cumprimento das profecias. O principal fato que atesta a inerrância das Sagradas Escrituras é o cumprimento de suas profecias. Vejamos, pois, algumas das mais de 300 profecias messiânicas cabalmente cumpridas: a) a concepção virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.22); b) o local do nascimento de Jesus (Mq 5.2; Mt 2.6); c) mãos e pés de Jesus furados e sua túnica sorteada (Sl 22.16,18; Jo 19.24,37), etc. Além dessas, muitas outras profecias cumpriram-se literalmente na história dos impérios antigos, das nações modernas, e na vida de muitos indivíduos.

2. A História confirma a Bíblia. Centenas de fatos e eventos bíblicos têm sido confirmados pela história secular. Entre tantos, encontramos: a) as duas deportações, de Israel e Judá, pelos assírios e babilônicos respectivamente (2Rs 17.6; 2Rs 24.10-17; Jr 25.11); b) a destruição de Jerusalém, profetizada por Jesus e cumprida no ano 70 d.C. (Mt 24.2); c) a restauração de Israel, predita em Ezequiel 36.25-27 e cumprida em maio de 1948. A Palavra de Deus é Fiel e verdadeira!

3. A verdadeira ciência confirma a Bíblia. A Bíblia não é um livro científico, mas a ciência inúmeras vezes constatou a veracidade das afirmações bíblicas nesta área, como por exemplo, a de que a Terra é “solta” no espaço. O patriarca Jó sabia disso há, aproximadamente, 1.800 anos a.C. (Jó 26.7); como também tinha conhecimento que no centro da Terra há fogo (Jó 28.5). Isaías, o profeta, há mais de mil anos antes da ciência moderna, já afirmava que a Terra é redonda (Is 40.22). Inúmeros achados arqueológicos também confirmam a veracidade da Bíblia. Deus vela sobre sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12; Lc 21.33).

 

IV. OS MANUSCRITOS BÍBLICOS

1. Formatos e materiais dos manuscritos bíblicos. O termo “manuscrito” refere-se às cópias dos originais das Escrituras (autógrafos) feitas à mão pelos escribas. Os mais significativos manuscritos bíblicos foram feitos nos formatos de rolo ou códice (Sl 40.7; Jr 36.2). Os principais materiais usados na escrita foram o papiro e o pergaminho; que eram preparados segundo a tradição judaica.

2. Os autógrafos. Trata-se dos manuscritos originais da Bíblia. Eles já não existem. Todavia, os originais do Antigo Testamento, por exemplo, foram meticulosamente copiados, originando os manuscritos mais antigos de que dispomos.

3. Falhas na transmissão escrita das palavras da Bíblia. Se compararmos as cópias dos textos originais entre si, encontraremos algumas variações entre elas, mesmo diante das mais rigorosas normas impostas aos escribas. Esses copistas não podiam escrever uma só palavra de memória. Antes de registrarem um vocábulo tinham de pronunciá-lo bem alto e, ao escreverem o nome do Senhor, tinham de limpar a pena com muita reverência. Cada letra e cada palavra eram contadas cuidadosamente e, caso encontrassem um único erro, inutilizavam imediatamente aquelas folhas, ou até mesmo todo o rolo. Há mais de duzentas mil variantes textuais nas cópias dos autógrafos. Nessa quantidade, observa-se, desde a troca de uma letra por outra até a de um nome por um pronome e vice-versa. Contudo, as incorreções encontradas nas cópias dos manuscritos, e repassadas a diversas versões dos textos bíblicos (variantes textuais), quando analisadas à luz do contexto geral da Bíblia, em nada comprometem o valor da mensagem sagrada, nem se constituem motivos para descrer da inerrância da Bíblia. Podemos afirmar com absoluta certeza, que os textos das Escrituras são plenamente confiáveis, e que as possíveis contradições são aparentes e humanas.

A Bíblia, na versão portuguesa, contém 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, 773.692 palavras e 3.566.480 letras. Em tudo isso, há menos de 0,5% de falhas. Deus vela por sua Palavra (Jr 1.12).


 

CONCLUSÃO

A Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus. Sua correção, autoridade e infalibilidade decorrem de sua inspiração divina. Podemos, com alegria e confiança, afirmar como o salmista Davi: “Louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra” (Sl 138.2).


 

BIBLIOGRAFIA

CONFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD, 1998.

 

 

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Pr. Izidro OliveiraDiretor do IBADEBEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Izidro Milton é pastor da Assembleia de Deus de Brasília – ADEB, Diretor do IBADEB - Instituto Bíblico da Assembleia de Deus de Brasília e professor universitário. É Bacharel em Teologia e Graduado em Filosofia e Pedagogia. Pós-graduado em Ciências da Religião e Psicologia da Educação e Mestre em Ciências da Educação pela UEP/UFRN.

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