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A União Cristã

A União Cristã

Para os primeiros cristãos, koinonia não era a ‘comunhão’ enfeitada de passeios quinzenais patrocinados pela igreja. Não era chá, biscoitos e conversas sofisticadas no salão social depois do sermão. Era um compartilhar incondicional de suas vidas com os outros membros do corpo de Cristo”.

At 2.42-47; 4.32; 5.12

 

 

I. O QUE É A COMUNHÃO DOS SANTOS

1. Definição. De acordo com o Dicionário Teológico (CPAD), comunhão dos santos é o “vínculo espiritual e social estabelecido pelo Espírito Santo entre os que recebem a Cristo como o seu Único e Suficiente Salvador. Tendo como base o amor, tal vínculo faz com que os crentes se sintam ligados num só corpo, do qual Cristo é a cabeça” (Ef 4.1-16).

 

II. A COMUNHÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA

A comunhão dos santos é uma expressão biblicamente forte. Quer na comunidade de Israel, quer na Igreja Primitiva, seu conceito histórico-teológico não é uma mera definição; é uma prática que leva o povo de Deus a sentir-se como um só corpo.

 

1. A comunhão dos santos em Israel. Nos momentos de emergência nacional, levantavam-se os hebreus como um só homem (1Sm 11.7; Ed 3.1). Isto mostra que, se um israelita sofria, os demais também sofriam; se uma tribo se via em perigo, as outras viam-se ameaçadas. A fim de manter o seu povo unido, suscitava o Senhor líderes carismáticos como, por exemplo, Gideão e Davi.

O amor entre os israelitas era realçado na Lei e nos Profetas (Lv 19.18). Os hebreus, por exemplo, não podiam emprestar com usura para seus irmãos (Lv 25.36). Quando da colheita, eram obrigados a deixar, aos mais pobres, as respigas. Foi o que aconteceu à moabita Rute (Rt 2.2).

Quando a comunhão dos santos em Israel era quebrada, instalava-se a injustiça social, a opressão e a violência (Jr 6.6). Para conter todas essas misérias, erguia Deus os seus profetas que, madrugando, repreendiam os injustos, buscando reconduzi-los aos princípios da Lei de Moisés (Jr 25.3). No tempo de Neemias, a tensão social a tal ponto chegou, que os israelitas se vendiam, a fim de resgatar suas dívidas. Alguns acabaram por entregar suas filhas como escravas a povos estrangeiros (Ne 5.1-7). A comunidade dos Hebreus do Antigo Testamento foi destruída por não mais cultivar a comunhão dos santos.

2. A comunhão dos santos em o Novo Testamento. Sem a comunhão dos santos não pode haver cristianismo. Todos os escritores do Novo Testamento, a exemplo do Salvador, realçaram a comunhão dos santos.

No Sermão do Monte, Jesus ensinou aos seus discípulos a se amarem uns aos outros; doutra forma: não seriam contados entre os seus seguidores. Lucas ilustra, vivamente, como era o cotidiano da comunidade dos discípulos do Nazareno. Aliás, um casal morreu fulminado pelo Senhor por haver infligido o princípio básico da comunhão cristã (At 5.1-10). Saulo discorre sobre a unidade dos fiéis, descrevendo-a como o vínculo da perfeição (Cl 3.14). Tiago critica os cristãos que, apesar de se apresentarem como tais, eram movidos pelo desamor e inspirados por um preconceito social (Tg 2.1-13).

 

 

III. COMO VIVER A COMUNHÃO DOS SANTOS

Observemos, pois, como poderemos viver, em sua plenitude, a comunhão dos santos.

1. Amando-nos uns aos outros. “Tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1Pe 1.22 — ARA).

2. Tendo empatia uns com os outros. Significa comungar, sincera e amorosamente, dos sentimentos de nossos irmãos, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.15).

3. Socorrendo os domésticos na fé. Quem são os domésticos na fé? Se bem atentarmos à epístola que enviou Paulo aos gálatas, verificaremos que são aqueles que fazem parte da família de Deus. Por conseguinte, devem eles ser a nossa prioridade máxima: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10).

4. Orando uns pelos outros. “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16 — ARA).

 

 

CONCLUSÃO
 

Na igreja primitiva havia um só propósito, um só alvo, uma só determinação, muito amor por Jesus e uns pelos outros. A obra de Deus era a prioridade número um na vida daquela Igreja. Todos buscavam o interesse de Jesus e do seu trabalho, e isso era percebido por todos. Aquela Igreja era viva e transmitia vida de tal forma que as multidões afluíam a ela.

Não pode haver cristianismo sem a comunhão dos santos; levemos em conta, a recomendação que nos faz o Senhor Jesus: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34).

Tem você mantido comunhão com os santos? Cultive-a, a fim de tornar-se, verdadeiramente, cristão.

 

 

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Pr. Izidro OliveiraDiretor do IBADEBEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Izidro Milton é pastor da Assembleia de Deus de Brasília – ADEB, Diretor do IBADEB - Instituto Bíblico da Assembleia de Deus de Brasília e professor universitário. É Bacharel em Teologia e Graduado em Filosofia e Pedagogia. Pós-graduado em Ciências da Religião e Psicologia da Educação e Mestre em Ciências da Educação pela UEP/UFRN.

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